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NR-35 (Trabalho em Altura): Como Multiplicadores Internos Podem Transformar o Treinamento de Risco em Engajamento Real

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O Desafio Além da Conformidade na NR-35

A Norma Regulamentadora nº 35 (NR-35) estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Dada a natureza intrinsecamente perigosa dessas atividades – consideradas entre as mais arriscadas no ambiente ocupacional  – a capacitação dos trabalhadores é um pilar fundamental e obrigatório.

Contudo, para Técnicos em Segurança do Trabalho (TSTs), Engenheiros de Segurança e gestores responsáveis, o verdadeiro desafio vai além de simplesmente cumprir a carga horária e emitir um certificado. Como garantir que o treinamento de NR-35 não seja apenas mais uma apresentação de slides, uma formalidade a ser cumprida? Como assegurar que o conhecimento seja verdadeiramente absorvido, internalizado e, crucialmente, aplicado na prática diária, prevenindo quedas e salvando vidas? A resposta reside, em grande parte, na figura estratégica do multiplicador interno. Este profissional, quando devidamente capacitado, pode transformar um treinamento obrigatório em uma experiência de aprendizado significativa e engajadora.

Desafio 1: Saindo da Teoria Pura

Um dos problemas recorrentes em treinamentos de segurança, incluindo os de NR-35, é o excesso de teoria em detrimento da prática contextualizada. Embora a compreensão dos conceitos e da legislação seja essencial, a falta de aplicação prática direcionada à realidade da empresa pode deixar os trabalhadores despreparados para as situações reais que enfrentarão. A memorização de regras abstratas dificilmente se traduz em comportamento seguro diante de um cenário de risco concreto.

É aqui que o multiplicador interno demonstra seu valor diferencial. Ao contrário de um instrutor externo, que pode ter um conhecimento mais genérico, o multiplicador interno conhece profundamente o ambiente de trabalho da empresa: os equipamentos específicos utilizados (andaimes, plataformas, escadas), os tipos de tarefas em altura realizadas, os pontos críticos de ancoragem disponíveis e os cenários de risco mais comuns naquela operação específica. Essa familiaridade permite adaptar a parte prática do treinamento de forma muito mais eficaz.

Soluções Práticas do Multiplicador:

  • Demonstrações Realistas: Realizar demonstrações práticas de inspeção, ajuste e uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) que são efetivamente utilizados pelos trabalhadores da empresa no dia a dia. Isso inclui cintos de segurança tipo paraquedista, talabartes, trava-quedas, linhas de vida, etc.

  • Simulações Contextualizadas: Criar exercícios e simulações que espelhem os cenários de trabalho em altura mais frequentes ou críticos dentro da empresa, permitindo que os trabalhadores pratiquem os procedimentos em um ambiente controlado, mas realista.

  • Estudos de Caso Internos: Utilizar exemplos (sempre anonimizados e com foco no aprendizado) de incidentes, quase acidentes ou boas práticas ocorridas na própria empresa para ilustrar a importância dos procedimentos da NR-35.

Desafio 2: Quebrando a Monotonia

Manter a atenção e o interesse dos trabalhadores durante treinamentos obrigatórios, especialmente aqueles que precisam ser refeitos periodicamente, é um desafio constante. A passividade, o olhar distante e a sensação de “já sei tudo isso” são inimigos da aprendizagem eficaz e da internalização de comportamentos seguros.

O multiplicador interno, por ser um colega de trabalho, pode ter uma vantagem inicial na criação de um ambiente de maior confiança e proximidade. No entanto, isso por si só não garante o engajamento. É fundamental que o multiplicador possua e aplique técnicas didáticas e de comunicação adequadas para adultos. Cursos de formação de multiplicadores focam exatamente no desenvolvimento dessas competências, indo além do conhecimento técnico da norma.

Estratégias de Engajamento do Multiplicador:

  • Dinâmicas de Percepção de Risco: Utilizar atividades em grupo que estimulem a discussão e a identificação de riscos em diferentes cenários de trabalho em altura.

  • Gamificação: Incorporar elementos de jogos, como quizzes interativos com pontuações, desafios em equipe ou simulações virtuais (se disponíveis), para tornar o aprendizado mais lúdico e competitivo.

  • Discussões Abertas: Promover momentos para que os próprios trabalhadores compartilhem suas experiências, desafios, dúvidas e soluções encontradas no trabalho em altura, valorizando o conhecimento prático da equipe.

  • Recursos Visuais Impactantes: Utilizar vídeos curtos que mostrem as consequências de falhas de segurança ou, inversamente, o sucesso de boas práticas. Depoimentos (autorizados) de colegas podem ter grande impacto.

  • Feedback Contínuo: Criar um ambiente onde os participantes se sintam à vontade para fazer perguntas e onde o multiplicador forneça feedback construtivo durante as atividades práticas.

O Papel Estratégico do Multiplicador na NR-35

Investir na capacitação de um multiplicador interno para ministrar treinamentos como o de NR-35 vai muito além do cumprimento legal. Um treinamento bem conduzido, prático e engajador, tem o poder de:

  • Reduzir Efetivamente os Acidentes: Trabalhadores mais conscientes e bem treinados na prática são a primeira linha de defesa contra quedas.

  • Aumentar a Confiança da Equipe: A percepção de que a empresa investe em treinamentos de qualidade e se preocupa com sua segurança aumenta a confiança e o moral.

  • Fortalecer a Cultura de Segurança: Cada treinamento bem-sucedido é um passo para consolidar a segurança como um valor real na empresa, e não apenas uma regra imposta.

 

Da Obrigação à Transformação

A NR-35 exige capacitação, mas a forma como essa capacitação é entregue faz toda a diferença. Multiplicadores internos, munidos não apenas com o conhecimento técnico da norma, mas também com as habilidades de ensino e engajamento, são a chave para transformar o treinamento de trabalho em altura de uma mera obrigação em uma ferramenta poderosa para a prevenção de acidentes e a construção de um ambiente de trabalho verdadeiramente seguro. O conhecimento técnico é o ponto de partida; a habilidade de multiplicar esse conhecimento com impacto é o que realmente salva vidas.

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